Em Moçambique, a malária constitui um dos principais problemas de saúde pública. Tal deve-se a factores socioeconómicos (pobreza, meios de prevenção inacessíveis), climáticos e ambientais (temperaturas e padrão de precipitação) que favorecem a sua transmissão ao longo de todo o ano, atingindo o seu ponto mais alto após a época chuvosa (Dezembro a Abril). O Plasmodium falciparum é o parasita mais frequente, sendo responsável por cerca de 90 porcento de todas infecções maláricas, enquanto o Plasmodium malariae e o Plasmodium ovale são responsáveis por 9 porcento e 1 porcento de todas as infecções, respectivamente (Mabunda et. al, 2007).
As mulheres grávidas e as suas crianças podem sofrer consequências graves devido à malária, incluindo anemia, prematuridade e baixo peso ao nascer, retardamento do desenvolvimento intra-uterino e risco elevado de mortalidade (Steketee, 2001).
Tendo em conta todo o impacto negativo que a malária exerce sobre a gravidez, o PNCM adoptou as estratégias da OMS, uma das quais é o uso de RTI pelas mulheres grávidas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o tratamento intermitente preventivo (TIP) da malária em regiões de alta prevalência da doença.
Este tratamento é efectivo e aplicável em Moçambique. O MISAU recomenda a administração mensal do Sulfadoxina-Pirimetamina ou Fansidar (SP/Fansidar) em mulheres grávidas, da décima terceira semana de gestação à altura do parto, para aumentar a imunidade contra infecções por plasmódios.
A febre é o principal sintoma da malária nas crianças com menos de cinco anos de idade, embora esta possa ocorrer na presença de outras infecções. A orientação da Organização Mundial de Saúde é que o tratamento seja feito na base de diagnóstico confirmado, no entanto recomenda-se que, em regiões de alto risco de malária onde os recursos são limitados, o diagnóstico clínico se baseie na história de febre nas últimas 24 horas.
O atraso no início do tratamento de crianças pode ter consequências fatais, particularmente nos casos de infecção severa e, por esta razão, recomenda-se que, em caso de febre, o tratamento comece dentro das 24 horas do início da febre (MISAU/PNCM, 2011).Fonte: (Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e HIV/SIDA em Moçambique (IMASIDA) 2015)COMO PREVENIR?
O Uso da rede mosquiteira;o Melhorar a gestão do lixo;o Evitar lugares pantanoso;o Para mulheres grávidas é importante tomar toda a medicação recomendada na consulta pré-natal.
A Rede para o Desenvolvimento da Primeira Infância (RDPI) é formada por um conjunto de entidades e pessoas singulares que actuam na promoção e defesa dos direitos da primeira infância dos 0 aos 8 anos de idade.
2021 RDPI – Todos Direitos Reservados
Desenvolvido por: Handza,Lda