II Mesa Redonda sobre o Aumento de Investimento na Primeira Infância em Moçambique

Decorreu no dia 25 de Fevereiro do ano em curso, em Maputo, a Segunda Mesa Redonda sobre o Aumento de Investimento na Primeira Infância em Moçambique. A mesma, juntou representantes Governo, Parceiros de Desenvolvimento, representantes de algumas Embaixadas, Sector Privado e Organizações da Sociedade Civil.

O evento foi co-organizado, pela Rede para o Desenvolvimento da Primeira Infância (RDPI) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), discutiu sobre a necessidade de aumento de investimento na primeira infância em Moçambique. A Dra Páscoa Sumbana Ferrão, Directora Nacional Adjunta da Criança (MGCAS), em representação de Sua Excelência Nyeleti Mondlane, Ministra do Género, Criança e Acção Social, fez a abertura e encerramento do evento.

 

Investir nos primeiros anos de vida é uma das escolhas mais inteligentes que Estados, Empresas, Comunidades e Famílias, podem fazer para garantir o desenvolvimento da Sociedade. Os primeiros anos de vida têm um impacto profundo no desenvolvimento do cérebro e na saúde física e mental, influenciando a capacidade de aprender na escola e, a longo prazo, de adquirir as competências necessárias para criar oportunidades ao longo da vida (UNICEF, 2021).

 

Como resultado deste evento, foram definidas acções chave para reverter o actual quatro de investimento no Desenvolvimento da Primeira Infância em Moçambique, tais como:

  • Desenvolver uma advocacia para clarificar as prioridades das rúbricas orçamentais;
  • Advocar para uma gestão transparentes dos fundos alocados ao Desenvolvimento na Primeira Infância – DPI;
  • Criar uma comissão técnica que será responsável por fazer a indução a quem de direito, que pode preparar e trazer instrumentos de evidência para poder responder a nível macro a necessidade de investimento;
  • Fazer parcerias com outras entidades da Sociedade Civil para ter, acesso ao financiamento;
  • Trabalhar em sinergia com o parlamento fornecendo instrumentos de evidências de necessidade de investir no DPI, que possam enriquecer o debate entre o parlamento, o ministério das Finanças e o governo em geral, para que haja um financiamento específico dirigido ao DPI;
  • Obrigatoriedade de ter um educador de infância em todas as instituições que trabalham com o DPI,
  • Dar atenção as crianças dos 0 aos 3, que não vão as escolinhas, mas tem um programa especial;
  • Criar uma agenda sistémica, que inclua todas as acções do Desenvolvimento na Primeira Infância;
  • Mapeamento, há necessidade de mapear as acções do DPI para que possamos saber onde está cada actor- província, distrito; que intervenções específicas de DPI – pré-escolar, educação parental, ao domicílio, outros).

Os participantes assumiram o compromisso de incrementar o investimento nesta área crucial do desenvolvimento humano, porque só com um bom investimento poder-se-á gradualmente reduzir os níveis de malnutrição em crianças abaixo de 5 anos, que se situa nos 43%, aumentar o acesso aos serviços de educação de infância, que no momento se situam abaixo de 5%, para além de tantas outras áreas vitais para o desenvolvimento das crianças desde a concepção até à idade de ingresso na escola primária.